“Não é um lugar, É UM POSTO DE COMBATE”
A irracionalidade atribuída às massas, como as que se reúnem em torno do futebol, na forma conhecida de “Claques Organizadas” é habitualmente atribuida ao resultado da formação de cada individuo como cidadão e às oportunidades a que teve acesso (ou não) e ainda ao ambiente social onde conviveu e convive. Mas, e se ainda a tudo isto acrescentarmos a educação e apelo ao factor bélico feito por exemplo pelo FCP?
Um exemplo?
Como é vendido um lugar no Estádio deste Clube? Assim : “Não é um lugar, É UM POSTO DE COMBATE”
Eis a postura do FCP. “UM POSTO DE COMBATE” Por mim não preciso de mais explicação alguma sobre o clima que ali se vive. Porque o que aqui se vai ver e ler ultrapassa qualquer limite do razoável.
Os valores do nosso “ser benfiquista” dito com todo o orgulho e que me foram transmitidos pelos mais velhos, familiares e benfiquistas de referência valem mais do que qualquer titulo do vasto historial do Sport Lisboa e Benfica. Mantenho, sempre manterei e procuro transmitir este “ser benfiquista” aos mais novos da melhor forma que posso. Eis porque não abdico de dizer “prefiro não vencer nenhum título e poder estar de cara lavada no mundo do Futebol/Desporto.” É sempre muito curioso ouvir a resposta vaga, nervosa e vazia de qualquer argumento válido, ao questionar um adepto portista com o seguinte: “Como é possível que valorizes vitórias como adepto de um clube que as conseguiu pela forma de todos conhecida?” Até hoje não tive uma única resposta sincera e olhos nos olhos, sem entrarem em generalidades, respostas defensivas e fugas ao tema. Nem uma. Mais grave, as gerações mais novas crescem na mentira dos adeptos portistas mais velhos. E, ainda mais grave no ambiente bélico que o próprio FCP incute e educa os mais novos.
Nos últimos anos a violência no futebol vem aumentando substancialmente. Não apenas dentro dos estádios, mas também fora deles, à cabeça as claques organizadas.
Não é um fenómeno exclusivo do FCP, é verdade. Um pouco por todo o mundo o indivíduo egoísta e influenciavel encontra nos ambientes das claques organizadas uma maneira de disseminar todos os seus aspectos negativos perante a sociedade, devido a sua formação como cidadão, às oportunidades que não teve acesso ao ambiente social onde conviveu e convive. Mas, é exclusivo do FCP a forma como o Clube o “educa” e “formata” sejam ou não adeptos de claques organizadas não para irem a um evento desportivo mas sim para um qualquer cenário algures no Afeganistão. E a forma do FCP é esta: : “Não é um lugar, É UM POSTO DE COMBATE”
Além dos factores mencionados um outro aparece um outro chamado regionalismo bélico, que misturado com os outros dá uma mistura explosiva. O futebol desde a sua criação tem por objectivo unir pessoas diferentes, como casados versus solteiros, bairro versus bairro, freguesia versus freguesia. Nos últimos anos, porém, o mesmo está a transformar-se num pretexto para aqueles que querem demonstrar toda a intolerância de sua personalidade e num demente provincianismo gerando uma cultura de bancada de ódio, violência e bélica.
A realidade de se torcer pelo seu (deles) clube está num segundo plano, pois “defender a sua ideologia” através de gritos de guerra carregados de ódios e preconceitos que ultrapassam e muito o universo de bancada chegam aos confrontos físicos que temos vindo a ler e a assistir, nos últimos tempos.
A rivalidade sempre existiu e vai existir, mas o que está a acontecer na actualidade são situações de intolerância e brutalidade. É no colectivo da claque e com CAMPANHAS INENARRÁVEIS COMO ESTA DO “Não é um lugar, É UM POSTO DE COMBATE” que indivíduos mal formados e formatados pela cultura de Clube encontram a identidade e afinidade para manifestar as suas repulsas e fazer coisas que não fariam isoladamente. É a manifestação do sentimento e de frustração pessoal diluída no coletivo das bancadas, que respondem ao repto desta agremiação:
“Não é um lugar, É UM POSTO DE COMBATE”… perante isto… É justo recordar o episódio das pinturas no túnel de acesso ao estádio do SCP, consideradas como sendo um apelo à violência. E assim sendo, como é possível esta campanha não ter sido até ao momento sequer comentada?
Benfiquistas, mantenham o orgulho de se dizer “SOU BENFICA” Esta simples frase marca toda a diferença- Que se responda à BENFICA. Vencendo limpo no local indicado. Seja no relvado, numa pista de patinagem ou num qualquer outro local sempre mas sempre à BENFICA.